Texto: Patrícia Kavamoto
Agentes de Unidades de Conservação, auditores ficais e analistas de Licenciamento Ambiental participaram, nesta quarta-feira (11), de capacitação técnica conduzida por especialistas da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) e pela Secretaria de Saúde (SES), com foco no reconhecimento e manejo de casos suspeitos de influenza aviária A(H5N1) em aves silvestres e nas práticas de biossegurança.
O evento visou preparar os servidores do Instituto para identificar sintomas da doença, especialmente em aves de vida livre e estabelecer os procedimentos adequados para comunicação de casos suspeitos, reforçando a atuação conjunta entre órgãos distritais.
“Nosso intuito foi sensibilizar a equipe do Brasília Ambiental em relação aos sintomas, a biossegurança dos agentes ambientais para tratar do manuseio de aves e todos os seus cuidados”, comentou o analista da Seagri, o veterinário Pablo Marsiaj, que apresentou a palestra “Detecção do vírus de influenza aviária de alta patogenicidade em ave de vida livre no DF”. Durante sua explanação, o especialista explicou o cenário epidemiológico da gripe aviária no Brasil, as espécies mais suscetíveis, os sintomas clínicos observáveis em campo e os protocolos sanitários para contenção da doença.
Na sequência, a diretora de Saúde do Trabalhador da SES, Elaine Morelo, apresentou a palestra “Orientações para casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP)”. A especialista enfatizou o uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a higienização correta das mãos e a necessidade de reportar imediatamente qualquer contato com aves mortas com sinais clínicos suspeitos. “Acho importante esse alinhamento interinstitucional com fontes seguras para trazer informação aos servidores que atuam nos parques, por exemplo, as ações que eles devem tomar ao encontrar uma ave com suspeita de gripe aviária”, comentou.
A vice-governadora do DF, Celina Leão, reforçou o papel estratégico da iniciativa: “É essencial que nossas equipes estejam bem informadas e unidas no trabalho de vigilância. A formação técnica é a base para garantirmos segurança ambiental e sanitária”.
O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou a importância da ação coordenada: “A iniciativa fortalece nossa capacidade de prevenção e resposta rápida. A vigilância bem orientada em campo é fundamental”.
Os principais sintomas que devem ser observados nas aves são:
• Apatia ou fraqueza
• Incoordenação motora
• Plumagem eriçada
• Secreção nasal
• Dificuldade respiratória
• Edema (inchaço) na cabeça e pescoço
• Torcicolo (pescoço torcido ou enrijecido)
• Manchas vermelhas (petequiais) em regiões mais vascularizadas, como patas e face
• Redução ou ausência de postura (em aves de produção)
• Mortes súbitas sem causa aparente
Esses sintomas indicam a necessidade de isolamento da área e notificação imediata, sem qualquer tentativa de manuseio direto inicialmente.
Os servidores do Instituto foram orientados a intensificar a observação de aves, especialmente migratórias, e acionar imediatamente a Seagri em caso de suspeita ou morte de aves nas áreas protegidas. Os canais disponíveis são:
• WhatsApp: (61) 99154‑1539
• E‑mail: falecomadefesa@seagri.df.gov.br
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